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Mais relaxada, Aydar volta bem à cena carioca fevereiro 24, 2008

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crédito: Nikhil 

Resenha de show
Título: Kavita 1

Artista: Mariana Aydar
Local: Caixa Cultural
Data: 22 de janeiro de 2008
Cotação: * * * *

“Faz um ano que eu não canto aqui. Então estou com a corda toda”, avisou Mariana Aydar logo após abrir com o samba Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) a primeira das duas apresentações cariocas de seu show Kavita 1 programadas pelo Caixa Cultural. Foi o retorno da cantora paulista ao Rio de Janeiro quase um ano depois de a sua gravadora – a Universal Music – ter promovido um show no Centro Cultural Carioca para apresentar oficialmente a artista aos formadores de opinião da cidade. Sem a tensão daquela apresentação de 7 de março de 2007, dirigida aos críticos e vips, Aydar se mostrou mais relaxada no palco. Ou nem tanto. “Estava nervosinha antes do show”, confidenciou a cantora ao público já no fim da apresentação, depois de cantar Festança, parceria com Duani, e antes de fechá-la com Menino das Laranjas.

Se estava nervosa, Aydar não deixou transparecer o nervosismo em cena. Ela já entrou no palco com segurança, reafirmando sua forte presença cênica e uma intensidade vocal que não salta aos ouvidos com a audição de seu (ótimo) primeiro álbum, Kavita 1, cujo repertório sustenta o roteiro do show. Aliás, houve poucas modificações no roteiro neste intervalo de um ano em que Aydar ficou fora do Rio. As boas novidades foram 1, 2, 3 – uma música do repertório da cantora francesa Camille, de estilo moderninho – e Beleza Pura, o sucesso de Caetano Veloso que o Skank rebobinou para a trilha sonora da novela homônima recém-estreada na Rede Globo e que Aydar já havia interpretado antes no programa Som Brasil dedicado ao compositor e exibido pela mesma TV Globo. “Eu quero deixar claro que a a gente já fazia essa música antes da novela”, se apressou em explicar Aydar antes de entoar o primeiro verso. E nem era preciso. Sob a cama percussiva de Fumaça e da bateria de Duani, a cantora reviveu o tema de 1979 com graça. No todo, o show deixou a certeza de que Mariana Aydar voltou muito bem à cena carioca, com direito à cúpula da Universal na platéia.

 

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